6.8.08

Literatura Nóia

Depois de ler um livro paranóico* e relembrar toda a teoria da Hannah Arendt sobre a psicologia do mal, aquela que explica que, sob pressão, todo mundo, lá no fundo (ou nem tanto) pode cometer maldades indizíveis, começo a pensar se, dia desses, me sinto pressionada e acabo atacando meu vizinho, aquele que prende o elevador todo o dia de manhã, bem na hora em que estou saindo...então, posso passar por uma dissonância cognitiva e exterminar o sujeito sem depois lembrar quem foi que sujou de sangue os espelhos do elevador. Assustador, não?


Acho que está na hora de voltar para a saga Donatela x Flora. Ando lendo demais.


* A exceção, Christian Jungersen

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Un cubo en Barcelona

Depois do primeiro dia, festa da padroeira La Merced, tudo luz e som, ficou mesmo à mercê da porra do vírus internacional da gripe. Cinco dias de caminhadas, chuva e sol e catalão e espanhol e museu e parque e arquitetura e novos amigos e Raval à noite, putas e bici e um bar charmoso e absinto e a recusa em acreditar que o vírus derruba.

E o trem, indo longe, lá na ponta do pavilhão das nações, já borracha, frio, frio, frio e fila, enorme fila. Entra na festa, a última de Barcelona, é o fim do verão, são 4h da manhã, chama Cubic, vale 10 euros e, óbvio, tem um cubo, música eletrônica, cadê a cerveja, puta madre, cigarros.

Pegou o cachecol do amigo, que verguenza, festa a beira-mar, mas com um frio desses? Gente, tanta gente e todo mundo no zero a zero, entupidos de bala até o céu da boca. Xixi, preciso fazer xixi, mas tem cola para o xixi também? São 5h da manhã, maldita gripe, vou fazer xixi no chão. Ufa, sem mais xixi, mas o frio e a tosse?

São 6h da manhã, 10 euros jogados no lixo, opa, no cubo, trem de volta. Com ou sem gripe, a barceloneta balada não valia um boteco da paulicéia.


Da lagarta na perna, Última noite em Barcelona

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5.8.08

Back to basics no caixa

Eu tenho saudades de quando o mundo era um lugar aonde você ia ao caixa eletrônico, colocava uma senha básica tipo 1234 e pegava o seu dinheiro sem grandes dilemas, exceto a conta no vermelho.

Hoje você vai ao caixa eletrônico e é solicitada a colocar 12 números, três letras randômicas, a data de nascimento do seu cachorro e ainda tem de agüentar duas propagandas e aquela maldita pergunta: quer um seguro?

Não, meu amor, eu não quero um seguro, eu só quero sacar 10 reais e não levar 20 minutos para conseguir isso. Simples, muito simples.

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4.8.08

Exu corporation

Só para avisar que Jujuba e yo acabamos de abrir um novo negócio quer pode tornar o seu negócio, caro leitor, mais competitivo.


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Espírito-de-porco business solutions

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