6.8.08

Un cubo en Barcelona

Depois do primeiro dia, festa da padroeira La Merced, tudo luz e som, ficou mesmo à mercê da porra do vírus internacional da gripe. Cinco dias de caminhadas, chuva e sol e catalão e espanhol e museu e parque e arquitetura e novos amigos e Raval à noite, putas e bici e um bar charmoso e absinto e a recusa em acreditar que o vírus derruba.

E o trem, indo longe, lá na ponta do pavilhão das nações, já borracha, frio, frio, frio e fila, enorme fila. Entra na festa, a última de Barcelona, é o fim do verão, são 4h da manhã, chama Cubic, vale 10 euros e, óbvio, tem um cubo, música eletrônica, cadê a cerveja, puta madre, cigarros.

Pegou o cachecol do amigo, que verguenza, festa a beira-mar, mas com um frio desses? Gente, tanta gente e todo mundo no zero a zero, entupidos de bala até o céu da boca. Xixi, preciso fazer xixi, mas tem cola para o xixi também? São 5h da manhã, maldita gripe, vou fazer xixi no chão. Ufa, sem mais xixi, mas o frio e a tosse?

São 6h da manhã, 10 euros jogados no lixo, opa, no cubo, trem de volta. Com ou sem gripe, a barceloneta balada não valia um boteco da paulicéia.


Da lagarta na perna, Última noite em Barcelona

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