Cinema na segunda é coisa que não acontecia comigo há anos. Depois de saber que o planeta que mais influencia o meu mapa astral (e a minha vida, portanto) foi rebaixado à estrela de segunda grandeza, eu estava merecendo um chamego do destino. Pois bem, me vi ali no Céu de Suely, na aridez daquele sertão todo. E as cenas vinham na tela e na minha cabeça. Viagem de ônibus de dias para o Norte. A trilha sonora Brega Melody vol 2 (é muito bom!!!). Lembrei de rio, de calor, de poeira, de Cachoeira do Arari. De amor para a vida inteira e vida inteira sem amor. De que final feliz também é busca e fuga. Que seguir é melhor que ficar, sempre. E sei lá porque, lembrei do meu amigo sueco que tomou 3 party pills no natal. E que ele nunca tinha tomado nenhuma. E de repente eu lembrei que o dia começou estranho e quente e que no meio de uma reunião eu senti que estava em um filme do Buñuel e que alguém estava usando as minhas idéias em benefício próprio. E conclui: hoje ainda é segunda, Buenos Aires tem um espaço público mais favorável que São Paulo e o inconsciente coletivo existe.
Ah, sim, o Aïnouz é mesmo um grande diretor. E os seus filmes têm fim.

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Cornograma: entenda de uma vez por todas o que significa red, yellow e green.

2 módulos:
A estética do cornograma (ou aprendendo a não transformar uma planilha em um desfile de escola de samba).
A eficácia do cornograma: porque as datas nunca se cumprem e o que fazer para prever o imponderável

Controle da raiva silvestre: como gerenciar seus impulsos na selva de pedra e não desejar eliminar fisicamente objetos (e às vezes pessoas)

Manejo de morcegos: aprendendo a acordar cedo e a sobreviver a uma manhã de trabalho sem café!

frases d´efeito

“Estou precisando tanto de dinheiro que esses dias pensei em assaltar um cara suspeito na rua: se ele tentar me roubar, eu o rendo e ainda levo a grana dos outros assaltos.” um amigo meu, claro.

“Minha vida se resume a trabalhar para pagar impostos e a escola da minha filha.” uma amiga minha, claro.

"Essa idéia ficou muito boa". uma criatura da criação.

Cosmópolis e Fé

Cenas urbanas:

A pessoa vai ao SPFW e, de pé na arquibancada, começa a caminhar para trás. Até despencar de 4 metros com um salto 10. Pergunta: por que não colocam um alambrado?

A moça bêbada preenche um cheque em 2007 com a data de 2004. Confusa, começa a se perguntar o que fazia em 2004. E, sem encontrar a resposta, decide que 2004 foi “o ano que não existiu”. Ta bom, a gente acredita.

Um sujeito alcoolizado sai de um bar com seus amigos e dirige-se impiedosamente a um vendedor de amendoins. Então ele descobre que o vendedor era personagem de um filme e que ele interrompeu a cena mais importante. Ele começa a rolar de rir, literalmente, na calçada. Em solidariedade, os amigos o apóiam e riem junto. A diretora do filme pede silêncio. E daí eu penso: se você está fazendo um filme no meio da rua, de madrugada, deveria incluir o som ambiente no roteiro.

Acreditar no futuro é:

Comprar espumante para as suas amigas e processar a empresa de telefonia.

Investir em um cara quando ele está pobre, para depois vê-lo montar um salão milionário em Barcelona.

Entender que a nota de corte pode ser abaixo de zero.

Faça parte: você quer se associar à Liga contra a farsa cósmica? Se a sua resposta é sim, clique aqui. Se encontrar o link, é porque foi escolhido. Se não encontrar, é porque é hora de parar de clicar em qualquer coisa.

CHEGA!

Coisas que não agüentamos mais:

Filmes que não têm fim. Chega de diretores de filmes-cabeça que não conseguem contar uma história com sujeito e predicado! O roteiro vai, vai e acaba assim, sem mais nem menos, no melhor estilo “decida o fim você mesmo”. Parece o Big Brother. Será que os cineastas estão convivendo muito com redatores publicitários? Vamos dizer basta ao lugar comum (e filme sem fim já virou lugar comum).

Pessoas que insistem no SC. Tipo, escrevem fascilidade, ascociação, conscistência. Não sei de onde isso surgiu, mas é toSCo. Até o corretor do Word sabe que está errado.

Considerações desconsideradas da liga contra a farsa cósmica:

Precisamos fazer um curso de anger manegement. Somos muito intolerantes e impacientes com a estupidez alheia.
Se fizéssemos um curso de anger manegement, íamos bater no professor. Melhor não.

Antas não podem ser petulantes. Se você é uma anta, tudo bem. Mas não seja petulante.

Uma nova mania instalou-se nos escritórios: já que as pessoas não conseguem mais conversar e as reuniões são improdutivas, a comunicação por essência é via e-mail. E uma nova literatura surgiu: o e-mail em fascículos. Eles são tão grandes que precisam ser armazenados na metrofile, porque o seu HD não dá conta!