1.3.07

random budism

Tava eu fuçando em umas agendas antigas (versão analógica dos blogs) e encontrei uma carta que escrevi a alguém e, óbvio, não entreguei. Era uma carta de amor, com algumas considerações sobre a saudade e poemas do Verlaine. Sem fazer idéia para quem era a carta, eu concluí que tudo passa. E que tudo se repete. Por isso sou budista: a impermanência é a maior certeza, depois da morte.

Rock francês e HQ italiana



Faz tempo que não passo por aqui e são muitos os assuntos, mas o bicho preguiça que eu cultivo exigiu muito de mim nos últimos tempos e eu não tava muito inspirada para escrever nada.
O relógio marca 23:23. Cabalístico. Como sou adepta da felicidade medíocre, fico muy contenta de saber que uma das músicas que eu mais gosto para me acabar na pista é de uma banda que me apresentaram esses dias: Deceptacon, do Le Tigre...see you later.

E já que o assunto é música, mais uma que reduziu meu mau humor nesses dias de altas temperaturas: consegui os CDs que eu queria do Louise Attaque. Felicite, felicite. Vive la France e todo o rock engajado do canto pseudosocialista mais charmoso do mundo. Oui, la Marselle!
E, se você quiser outras sonoridades que não em inglês, vale a pena conhecer o Noir Desir, um rock mais pesado e C´est la mort, do Stereo Total.

Se joga: http://www.pandora.com/


E do imaginário do rock para as minas do Manara. Não, isso não é nome de banda. O Milo Manara é um dos maiores desenhistas de HQ, na minha pouco qualificada opinião. Ele traçou as mulheres mais gostosas dos quadrinhos e agora a Conrad está lançando Revolução, a nova HQ dele. Une tudo o que eu acredito: anarquismo, crítica social e desenhos de primeira, além de guilhotina, claro!!! Bom, eu to querendo ganhar esse quadrinho de presente...

O cara (BBC 1)

Pasmaceira, falta de virtu, preguiça, desgosto, mandinga, atravessamento de travesseiro, falta de noção. Um calor da porra, diria um certo badauê pernambucano. Meu organismo não está preparado para tanta temperatura. Avisem-me quando o verão passar. Até lá, vou ficar morando no freezer. E o pior é saber que com o efeito estufa o futuro é quente até na Finlândia.

E eu tenho andado meio irascível. De mala óstia plena. Tudo randômico. Mas eu mergulhei no mar (felicidade grau máximo), babei, fiz novos amiguinhos.
Até conheci “o cara”. Ele faz tudo, de cinzeiro a risoto com frutos do mar. Lava louça, joga buraco, separa o lixo. Para vocês terem uma noção do poder do “cara”: 4 sujeitos atolaram um Monza nas areias de Cambury, Ubatuba. “O cara” e seus amigos assistiam à luta vã dos cidadãos para desatolar o veículo, enquanto bebiam cerveja em um boteco beira-mar (dura vida, vida dura). Indignado com a total inabilidade dos 4 em tirar o veículo do areal, “o cara” levanta-se e troca meia dúzia de palavras com os mesmos. Quase que instantaneamente, o Monza sai do lugar! Ou seja, “o cara” ainda tem poderes especiais, que nem o Moisés que abriu caminho no mar vermelho.

E as melhores frases do BBC (Big Brother Cunha, para os íntimos):

Se Deus é como dizem que é, não posso concordar com a religião. Como você pode ser condenado ao espeto eterno por uns 70 anos de existência na Terra?

Por que você fez isso com o saco de pão? (J., agredindo verbalmente um companheiro de BBC que rasgou o saco ao meio para pegar uma fatia).
Vocês prenderam o cachorro de novo! (N., n vezes, para aqueles que prenderam a corrente do cão nos pneus do carro, o que impedia o canino de beber água).