19.10.08

depois de amanhã

I´m in love. I mean love.

O dia seguinte ao dia seguinte é ótimo. Porque se você foi ao inferno e ficou trocando figurinhas com o diabo da sua cabeça, quando isso acaba toda sensação é boa. A tendência ao equilíbrio, enfim. E a urgência de escrever, de elaborar o sentido do que foi desnecessário. Mas não era para escrever. O computador não funcionou uma, duas, várias vezes. Não que os cadernos e blocos não possam ser usados, mas exceto quando estou viajando eu prefiro direto a tela fria e branca à minha letra sem pauta. Uma redação de jornal me ensinou a pensar assim.
A menina da assistência demorou 45 minutos para fazer um cadastro e abrir uma OS e não conseguiu porque o computador dela estava dando pau.
E daí é engraçado como o mundo inteiro parece estar na sua. No restaurante, o moço também estava com problemas com seu computador e até desejamos boa sorte para ele ao sair. Para mim (e para eles), ontem não era dia de computador.
Melhor assim, o difícil é aplacar a minha ansiedade de escrever qualquer coisa. Mas era dia de Louie, Louie, de todas do Skank no último volume, de dar tchau pros vizinhos novos e dançar na sala. De bater papo com os meus iguais, aqueles que me julgam só um pouquinho, que me perguntam quando acabará afinal essa adolescência e que me contam histórias sempre mais cabeludas que as minhas, o que dá um tremendo conforto psicológico.
Até quando vamos seguir assim, não sei, mas temos o tempo a nosso favor quando fazemos cagadas e contra a gente quando chega o horário de verão. De repente tudo fica muito tarde.

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